Tabela de Mão de Obra de Oficina Mecânica: saiba calcular a sua
Fala sério, você também trabalha para ganhar um dinheiro, comprar suas coisas, sair com a família e curtir a vida, certo?
O dia a dia da oficina é puxado e, no fim do expediente, nada melhor do que garantir um bom faturamento.
Só que essa sensação boa de ver o trabalho dando frutos passa por algo muito importante: a precificação correta dos serviços.
Cobrar barato demais significa prejuízo, já o preço nas alturas espanta o cliente.
Por isso, não dá para brincar com esse assunto.
A tabela de mão de obra de oficina mecânica é seu melhor instrumento para atingir o ponto ideal entre preço justo e custo-benefício para a clientela.
Por isso, neste artigo falamos mais sobre esse assunto e ajudamos você a entender como montar a tabela de mão de obra da sua oficina mecânica. Preparado?
7 dicas para calcular a mão de obra da sua oficina mecânica
1. Anote suas despesas fixas e variáveis
O começo da tabela de mão de obra da oficina mecânica é aqui: analisando suas despesas.
Sem saber quanto você gasta, é praticamente impossível encontrar um bom preço e fugir dos prejuízos.
Portanto, comece separando suas despesas em dois grupos: contas fixas e variáveis.
Dentro das fixas entram as contas mensais, como aluguel, conta de água, energia, salários e etc.
Já as variáveis são aquelas despesas que não acontecem todos os meses, como reposição de peças ou a manutenção de um equipamento.
É possível dividir tanto pela recorrência quanto pelo valor.
Tem dono de oficina que prefere chamar de despesa fixa somente o que tem valor fixo, como aluguel e salários.
Aqui, a escolha é sua.
O importante mesmo é mapear a maior quantidade de despesas possíveis para entender quanto custa operar seu negócio.
2. Defina quanto quer ganhar de salário
Para fechar a listagem dos gastos, é preciso determinar o seu salário.
Mesmo que você seja o dono, é recomendado ter um salário fixo ao invés de receber uma remuneração variável e incerta.
Isso acontece por dois motivos.
O primeiro é que você precisa planejar sua vida pessoal e ter gastos compatíveis com seu salário, assim como acontece com todo mundo.
O segundo motivo tem relação com o próprio controle financeiro do seu negócio.
Quem não tem salário e vive do dinheiro da oficina pode exagerar nas despesas pessoais e comprometer o caixa, algo que pode te deixar em apuros na hora de pagar contas, fornecedores e funcionários.
Então, fica a dica: defina o seu pró-labore, que é o famoso “salário do dono”.
E não se esqueça de colocar esse valor dentro das suas despesas fixas!
3. Quanto mais especializada a mão de obra, maior o seu valor
Vamos começar com um exemplo: uma lavagem de carro simples e uma lavagem completa com cristalização da pintura têm o mesmo custo?
É bem provável que não, afinal, a segunda é muito mais completa e oferece um valor agregado maior.
Essa mesma lógica se aplica aos seus serviços.
Se sua oficina é especializada e trabalha com uma qualidade que ninguém consegue bater, nada te impede de colocar um valor mais alto.
Só tome cuidado para não confundir valor agregado com grife.
Existe uma diferença muito grande entre ser especializado e ser uma marca de renome!
4. Realize uma pequena pesquisa de mercado
Pesquisar o preço da concorrência não é pecado, muito pelo contrário, é algo super normal em qualquer segmento de negócio.
Para montar a tabela de mão de obra da oficina mecânica, é muito bom ter como ponto de partida os valores cobrados pelo mercado da sua cidade.
Isso vai te ajudar a entender as faixas de preço e quais são os concorrentes que praticam valores mais altos ou mais baixos.
Só que não adianta comparar a sua oficina super bem equipada com aquela mecânica de bairro bem simples.
Faça a pesquisa levando em consideração os estabelecimentos que têm o mesmo porte que o seu ou que prestam os mesmos serviços.
5. Considere os materiais e equipamentos utilizados
Já parou para pensar por que o modelo de entrada da Audi custa bem mais que o da Volks, mesmo as marcas sendo do mesmo grupo?
Isso não se explica só pela reputação.
A qualidade das peças e das ferramentas utilizadas também impacta no preço.
Com sua oficina não vai ser diferente.
Se você tem à disposição equipamentos de primeira – como elevadores automotivos top de linha e ferramentas importadas – e só usa materiais de alta qualidade, seu serviço será mais caro.
E não tem nada de errado com isso!
Afinal, você escolheu oferecer o melhor para seus clientes, mesmo que isso faça com que seus preços sejam um pouco mais altos.
Considere o valor dos seus insumos na hora de precificar.
Deixar isso de lado vai gerar muita dificuldade na hora de encontrar o preço ideal.
6. Pense no valor da mão de obra
Para pensar nos valores, não desconsidere quanto seus funcionários custam por hora.
A fórmula é a seguinte:
(Valor do salário ÷ dias trabalhados) ÷ horas trabalhadas por dia
Desse cálculo simples, você vai entender quanto custa a hora do seu funcionário.
Isso é essencial para não ter prejuízos.
Se o seu mecânico custa X por hora, faz sentido cobrar metade de X em um serviço que dura uma hora?
Não se esqueça desse detalhe para montar sua tabela de preços!
7. Cuidado com os descontos!
Um descontinho sempre é bom, mas desconto demais vai pesar no seu bolso.
Tome cuidado com a sua generosidade e lembre-se que os descontos precisam ser pensados em cima de valores fixos e realistas.
Pense que existe uma grande diferença entre diminuir sua margem de lucro e entrar no prejuízo.
Sempre tenha em mente que serviço que não gera lucro é trabalho sem resultado!
Tudo anotado e analisado? É hora de precificar!
Agora já estamos no caminho para montar a tabela de mão de obra da oficina mecânica.
Você já tem os custos, já avaliou os materiais usados e já sabe quanto a concorrência cobra, então é hora de colocar a mão na massa!
Para definir preços, existem alguns caminhos:
- Cobrar por hora de serviço;
- Precificar em cima da complexidade do serviço;
- Definir o preço com base nas tabelas de referência.
Seja qual for a escolha, tenha em mente que você deve elaborar seus preços considerando custos e também a margem de lucro.
Essa margem é uma porcentagem, que pode ser definida da seguinte maneira:
[ (Receita total – custos operacionais) ÷ receita total ] x 100
A porcentagem de lucro pode variar de acordo com o tamanho do desconto dado ao cliente.
Inclusive, não se esqueça que o desconto sempre precisa sair do lucro, mas nunca deve ser maior que a margem para não gerar prejuízo.
Vamos a um exemplo?
Exemplo de precificação cobrando por hora de serviço
Imagine que você tenha uma oficina e quer calcular o valor da mão de obra para um serviço de troca de embreagem:
Custo fixo mensal da oficina:
- Aluguel: R$3.000,00
- Energia e Água: R$800,00
- Outros (limpeza, telefone, etc.): R$400,00
Total de custos fixos mensais: R$4.200
Custo com funcionários (Mecânicos):
- Salário de 2 mecânicos: R$4.000,00 cada
- Encargos trabalhistas (aprox. 40%): R$3.200,00 (40% dos salários = R$1.600,00 para cada)
Total de custo com mão de obra: R$11.200,00 (R$8.000,00 + R$3.200,00)
Horas trabalhadas por mês
Supondo que a oficina funcione 22 dias por mês, 8 horas por dia:
- 2 mecânicos × 8 horas × 22 dias = 352 horas mensais disponíveis
Custo da hora de trabalho
Agora, vamos somar os custos fixos e a mão de obra:
- Custos Fixos + Custo com Funcionários: R$4.200,00 + R$11.200,00 = R$15.400,00.
Dividindo pelo total de horas trabalhadas no mês: R$15.400,00 ÷ 352 horas = R$43,75 por hora
Tempo gasto no serviço
Suponha que a troca da embreagem leve 6 horas.
- Custo Bruto do Serviço (sem margem de lucro): 6 horas × R$43,75 = R$262,50.
Aplicando a margem de lucro
Se você deseja uma margem de lucro de 50%, o cálculo será:
- R$262,50 + (50% de R$262,50) = R$262,50 + R$131,25 = R$393,75.
Preço final da mão de obra:
Valor a ser cobrado pela mão de obra na troca da embreagem: R$393,75.
Portanto, na hora de precificar o serviço para o cliente, você vai sinalizar que a mão de obra custará R$393,75, além de sinalizar os outros custos, como a compra de um equipamento, por exemplo, para a troca da embreagem.
Por que calcular a mão de obra e usar a tabela é importante?
Depois de ler todas essas contas e dicas, fica claro que usar a tabela de mão de obra da oficina é essencial para manter seu negócio lucrativo e rentável.
Mas não é só isso que a tabela oferece.
Além de auxiliar na captação de lucros, uma tabela bem construída será capaz de demonstrar o profissionalismo da sua oficina e um cuidado com os valores repassados ao cliente.
Tudo isso é sinônimo de empresa bem gerenciada e que tem tudo para prosperar.
Montar a tabela com os valores da mão de obra também é importante para estabelecer um padrão na hora de cobrar por um serviço.
Isso facilita na hora de montar o orçamento final ao cliente e também a manter o preço justo – imagina você cobra mais caro para uma pessoa do que para outra, pelo mesmo serviço, e elas são conhecidas?
Por fim, não se esqueça que sua tabela precisa ser ajustada ao longo do tempo.
Como existem fatores econômicos como inflação e alteração de preços em materiais e serviços, é sempre bom recalcular seus gastos para fazer correções de valor e não perder dinheiro.
Tabela montada, preços ajustados!
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